Azul e GOL: uma fusão no horizonte?

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O cenário da aviação brasileira pode estar prestes a mudar. A Azul Linhas Aéreas está em negociações para uma possível fusão com a GOL, que recentemente pediu recuperação judicial nos Estados Unidos devido a uma dívida de mais de R$ 20 bilhões.


Nesse cenário, uma holding que detém participação na GOL transferiria suas ações para a Azul, recebendo em troca uma participação na nova empresa formada após a fusão. Se a fusão ocorrer, a nova companhia aérea concentrará 52% de todos os assentos em voos domésticos no Brasil. Em alguns casos, a nova empresa seria a única a operar em determinadas rotas entre cidades do país.

O impacto no mercado


A fusão das duas concorrentes deixaria o Brasil com apenas duas grandes companhias aéreas: a “Gol Azul” e a Latam. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos existem 15 grandes companhias aéreas.


Com a diminuição da concorrência, os preços das passagens correm o risco de aumentar – atualmente, já estão no nível mais alto em 14 anos, com um aumento de mais de 80% em apenas quatro meses. A operação precisaria ser aprovada por um órgão regulador, como o CADE, para garantir que não haja práticas anticompetitivas.


Além disso, a fusão poderia levar a uma unificação tarifária, o que poderia ser tanto positivo quanto negativo para os consumidores. Por um lado, poderia haver uma maior oferta de voos e rotas, beneficiando os consumidores. Por outro lado, a falta de concorrência poderia levar a preços mais altos.



Isso impactaria, sobretudo, o transporte de cargas e, consequentemente, o valor do frete para uma infinidade de produtos e mercadorias.

O futuro da aviação brasileira


O Brasil transportou 112 milhões de passageiros no último ano, batendo o melhor resultado desde 2020. Para este ano, a previsão é movimentar US$ 964 bilhões em território nacional. A fusão entre Azul e GOL poderia ter um impacto significativo nesses números, para melhor ou para pior.



Desse modo, a possível fusão entre Azul e GOL tem o potencial de redefinir o cenário da aviação brasileira. No entanto, é fundamental garantir que a concorrência seja mantida e que os interesses dos consumidores sejam protegidos.

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